sexta-feira, janeiro 05, 2007

1. O ontem; Projeto & discurso

Uma breve crônica da história. Dados da certidão de nascimento e do desenvolvimento do colégio durante seus quase 55 anos.

O Colégio Santa Cruz foi fundado por padres de origem canadense da Congregação de Santa Cruz em 1952. Seu primeiro prédio, na avenida Higienópolis, logo foi pequeno para a instituição que crescia rapidamente. O ensino de primeira linha para garotos da elite intelectual ganha, em 1953, seu atual espaço; um terreno de 50 mil metros quadrados no bairro quase rural de Alto de Pinheiros. No ano de 1959 chega ao Brasil o Padre Charbonneau, assim como o Curso Experimental adotado neste mesmo ano pelo colégio.

Observe a descrição de Charbonneau no website do próprio colégio:

Padre Paul-Eugène Charbonneau: Chega ao Brasil em 1959 para lecionar Filosofia no Colégio Santa Cruz. Estimadíssimo pelos alunos, transmitiu-lhes a atitude crítica, o respeito à diversidade de pensamento, o amor à vida e às coisas do espírito. De 1965 até sua morte precoce, em 1987, exerceu o cargo de vice-diretor, demarcando os princípios que sustentam a filosofia e a ação educacional do Colégio. Estudioso, arguto, polêmico, sua presença tornou-se perene através de sua obra, extensa, com títulos que abarcam questões relativas à sexualidade, drogas, adolescência, educação, Deus, casamento, ciência e política.”

Fácil de se perceber por aí a importância gigantesca desta figura no colégio. A partir de sua chegada vários eventos demonstram o desenvolvimento do popular “Santa” como instituição de ensino de vanguarda. Em 1966 a educação promovida pelos padres passa a adquirir caráter mais laico e neste mesmo ano o colégio encerra o currículo na forma de semi-internato – é o primeiro passo para maiores avanços, como, por exemplo, a abertura de matrículas para meninas, em 1974.

Desse ponto em diante a escola só cresceu e cresceu. Mesmo com a morte de Charbonneau em 1987 e a aposentadoria de Padre Corbeil – outro grande idealizador do colégio – em 1992, os preceitos inovadores de ensino estabelecidos por Charbonneau – tais como a liberdade com responsabilidade e introdução ao senso crítico aos alunos – continuaram parte da filosofia da escola. O Santa Cruz continuou sua história – os ex-alunos de todas as fases do colégio onde estudamos são nos dias de hoje parte integrante, pensante e poderosa elite brasileira – parte da classe mais alta da maior cidade do país, São Paulo.

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