sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ontem

Carlos Drummond de Andrade em “A rosa do povo”


Até hoje perplexo

ante o que murchou

e não eram pétalas.


De como este banco

não reteve forma,

cor ou lembrança.


Nem esta árvore

balança o galho

que balançava.


Tudo foi breve

e definitivo.

Eis está gravado


não no ar, em mim,

que por minha vez

escrevo, dissipo.

Produzido, escrito e ilustrado por ex-alunos do Colégio Santa Cruz

Um comentário:

Marcio Zamboni disse...
Este comentário foi removido pelo autor.